O estudo “Água e saneamento nas escolas brasileiras: indicadores de desigualdade racial a partir do Censo Escolar”, produzido pelo IAS – Instituto Água e Saneamento e publicado no final de 2024, analisa o acesso à rede pública de abastecimento de água, coleta de esgoto, coleta e destino final de resíduos pelo poder público, incluindo acesso à água potável e banheiros nas escolas de educação básica no país.
Revelando a dimensão do desafio que a sociedade enfrenta para oferecer educação de qualidade para todas as crianças, adolescentes e jovens brasileiros, a análise contou com a parceria do Centro de Estudos e Dados sobre Desigualdades Raciais (CEDRA) e teve como objetivo estudar a desigualdade histórica para acessar estes serviços.
O documento destaca dados do Censo Escolar 2023, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Na edição anterior, o levantamento registrou que 87% de pessoas que se identificam como brancas residem em domicílios conectados à rede pública de água, e 71% em domicílios conectados à rede de esgotos. Para pessoas que se identificam como pretas ou pardas, os índices caem para 80% e 56%, respectivamente.
Citada como uma das facetas mais perversas da desigualdade racial na educação, negligenciada por especialistas e pelo poder público, o estudo defende que a defesa da qualidade e equidade na educação tem o dever de garantir água e saneamento em todas as escolas públicas.
O estudo “Água e saneamento nas escolas brasileiras: indicadores de desigualdade racial a partir do Censo Escolar” está disponível para acesso no site do Instituto Água e Saneamento. Acesse aqui.
