A Associação dos Engenheiros da Sabesp- AESabesp marcou presença na Cerimônia de Instalação do Conselho Estadual de Mudanças Climáticas e no Lançamento do Projeto “EMAE: 100 anos do Reservatório Billings”, realizada no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, no dia 22 de janeiro. Representando a entidade, a coordenadora de Assuntos Institucionais, Maria Aparecida Silva de Paula; e a conselheira deliberativa, Patrícia Taliberti, participaram do evento.
Autoridades como o governador Tarcísio de Freitas; os secretários estaduais Natália Resende (Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística – Semil); Coronel PM Henguel Ricardo Pereira (Casa Militar e Defesa Civil); Arthur Lima (Casa Civil); Eleuses Paiva (Saúde); Vahan Agopyan (Ciência, Tecnologia e Inovação) e Coronel Helena (Esportes), além da procuradora geral do estado, Inês Coimbra; do presidente do Conselho de Administração da EMAE, Nelson Tanure, e do economista Marcos Troyjo, acadêmico da Universidade de Oxford, no Reino Unido, prestigiaram o evento. O governador Tarcísio de Freitas destacou o caráter consultivo do Conselho, que terá como foco a redução de emissões de gases de efeito estufa até 2050, e o aumento da resiliência das cidades paulistas contra desastres naturais.
A AESabesp terá uma voz no Conselho Estadual de Mudanças Climáticas, com a nomeação de Ana Lucia Szajubok (gerente na Sabesp) como representante da Associação em uma das Cadeiras. O Conselho será composto por 18 integrantes, representando o governo, os municípios e a sociedade civil.
Patrícia Taliberti destacou a relevância do evento, que marcou o início dos trabalhos do Conselho e a abertura de um espaço para debater as mudanças climáticas, um desafio que exige atenção em níveis estadual, nacional e global.
Diante da relevância desta iniciativa por parte do Governo de São Paulo, Maria Aparecida de Paula, coordenadora de Assuntos Institucionais, na gestão do triênio 2025-2027, destaca que é fundamental a instalação deste Conselho na formulação e implementação de políticas públicas voltadas às mudanças climáticas. “Dentre sua importância podemos destacar a criação de estratégias, o planejamento e gestão dos planos de ação, integração de políticas ambientais compondo com outras áreas como saúde, agricultura, urbanismo, garantindo uma abordagem holística para os desafios climáticos. Destaca-se também as articulações com os conselhos federais e internacionais que podem contribuir para a implementação de compromissos globais”, explica.
Além disso, a coordenadora avalia que o Conselho Estadual de Mudanças Climáticas terá uma atuação importantíssima no enfrentamento dos desafios impostos pelas mudanças climáticas, promovendo ações coordenadas e efetivas que envolvem diversos setores da sociedade.
O governador Tarcísio de Freitas e a secretária Natália Resende reconheceram a importância da participação da AESabesp no Comitê, parabenizando a Associação por sua contribuição.
Contribuição das associações
Maria Aparecida aponta que não somente a AESabesp, mas outras entidades podem desempenhar um papel essencial na formulação de políticas públicas relacionadas às mudanças climáticas de várias maneiras, entre elas por meio da pesquisa e dados. “As associações podem conduzir pesquisas e coletar dados relevantes sobre os impactos das mudanças climáticas em diferentes setores, fornecendo informações valiosas para a tomada de decisão”, exemplifica.
Outra contribuição pode se dar nas áreas de advocacia e mobilização, podendo atuar como defensores das políticas climáticas, mobilizando a sociedade civil, sensibilizando a população e pressionando os governos para que adotem medidas eficazes.
Ações para a capacitação e educação também são ferramentas com as quais elas podem colaborar. “Oferecer programas de capacitação e educação sobre mudanças climáticas para comunidades, empresas e formuladores de políticas, ajudando a disseminar conhecimento e boas práticas”, descreve Maria Aparecida.
A coordenadora destaca também o desenvolvimento de propostas. “Tanto a AESabesp como outras entidades podem contribuir com a elaboração de propostas de políticas públicas, baseadas em evidências e melhores práticas, que visem mitigar os efeitos das mudanças climáticas e promover a adaptação”, informa.
Neste âmbito, Maria Aparecida aponta outras contribuições importantes, como estabelecer parcerias com governos, empresas e outras organizações para implementar projetos e iniciativas que abordem as mudanças climáticas de forma integrada; participar do monitoramento e avaliação das políticas públicas implementadas, garantindo que sejam eficazes e adaptáveis às novas realidades climáticas; e promover e apoiar a pesquisa e a adoção de tecnologias sustentáveis que possam reduzir a emissão de gases de efeito estufa e aumentar a resiliência das comunidades.
“Ao atuar nessas áreas, as associações podem influenciar significativamente a formulação e a implementação de políticas públicas que enfrentem as mudanças climáticas de maneira eficaz”, pontua a coordenadora de Assuntos Institucionais da AESabesp.
Importância do saneamento básico
Maria Aparecida comenta também que a AESabesp pode contribuir para alcançar as metas propostas pelo governo considerando o papel fundamental do saneamento básico na redução das emissões de gases de efeito estufa. Entre as estratégias, ela destaca:
Eficiência Energética: promover a adoção de tecnologias que aumentem a eficiência energética nas operações de saneamento, como sistemas de tratamento de água e esgoto, pode reduzir o consumo de energia e, consequentemente, as emissões de GEE.
Aproveitamento de Biogás: implementar sistemas de tratamento de esgoto que capturem e utilizem o biogás gerado, transformando-o em energia renovável. Isso não apenas reduz as emissões, mas também contribui para a autossuficiência energética das estações de tratamento.
Reúso de Água: desenvolver e promover iniciativas de reúso de água tratada, que diminuem a demanda por água potável e reduzem a necessidade de novos investimentos em captação e tratamento, minimizando a pegada de carbono associada.
Educação e Conscientização: realizar campanhas de conscientização sobre a importância do saneamento básico na mitigação das mudanças climáticas, educando a população sobre práticas sustentáveis e a preservação dos recursos hídricos.
Parcerias e Inovação: estabelecer parcerias com universidades, institutos de pesquisa e outras organizações para desenvolver tecnologias inovadoras que melhorem os processos de saneamento e reduzam as emissões.
Monitoramento e Relatórios: implementar sistemas de monitoramento das emissões de GEE nas operações de saneamento, permitindo a transparência e a responsabilidade na gestão ambiental.
Políticas Públicas: colaborar com o governo na formulação de políticas públicas que integrem o saneamento básico às estratégias de mitigação das mudanças climáticas, garantindo que o setor seja reconhecido como uma parte essencial da solução.
“Essas ações não apenas ajudam a atingir as metas de redução de emissões, mas também promovem a saúde pública e a qualidade de vida, contribuindo para um desenvolvimento sustentável”, conclui Maria Aparecida.