A COP 29, Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, começou nesta segunda-feira, 11 de novembro. A longa sessão de abertura foi marcada pela aprovação das regras da Organização das Nações Unidas (ONU) para a constituição do mercado de crédito de carbono.
Com o principal objetivo de criar um novo financiamento em favor dos países mais vulneráveis, a COP de Baku, capital do Azerbaijão, teve o consenso dos cerca de 200 países participantes. As discussões sobre a agenda de trabalho dos países perdurou por todo o dia e início da noite.
As nações aprovaram os temas a serem discutidos e, pela primeira vez, a normas para os mercados internacionais de carbono. A regulamentação vinha sendo debatida há quase uma década, desde o acordo de Paris de 2015, na COP 21.
Além de instituir o mercado, as normas têm como foco auxiliar o cumprimento de metas climáticas através da comercialização de créditos de redução ou remoção de emissões de gases do efeito estufa. Sobretudo, as regras são voltadas a países, principalmente os poluentes ricos, que buscam compensar suas emissões comprando créditos de nações que ultrapassaram a redução prevista desses mesmos gases.
A tensão no ambiente diplomático da COP 29 está atrelada não só com a iminência das mudanças do clima, mas também com a possível saída dos Estados Unidos deste compromisso, em resposta à recente eleição do republicano Donald Trump, que tomará posse em janeiro.
Em seu primeiro mandato (2017-2021), o ex-presidente retirou a potência do acordo de Paris, medida imediatamente revogada pelo democrata e atual governante, Joe Biden.