Liderada pela JB Bechara, empresa com tradição familiar de um século na produção de móveis e a Grape ESG, líder nacional em soluções de estratégias de sustentabilidade para organizações, a iniciativa atende, em todas as etapas – do fornecedor da madeira até o banco financiador da produção – às estratégias de ESG e, de forma pioneira, dá origem ao primeiro móvel 100% sustentável a custo popular no país.
“O grande paradigma que nós vamos quebrar é produzir um móvel a custo popular. Hoje, infelizmente, a sustentabilidade ainda é direcionada somente ao público A. Vamos oferecer à sociedade um contato direto com algo que é verdadeiramente sustentável. E é isso que nós estamos propondo”, conta o CEO da JB Bechara, Rodrigo Bechara, que instituiu como valores fundamentais na empresa a sustentabilidade, a governança e a diversidade. Rodrigo é a quarta geração da família na administração da JB Bechara, localizada em Tanabi, interior de São Paulo.
O projeto, completa Rodrigo, cria valor não só para os parceiros da empresa, mas também para todo o consumidor final. “Ele terá acesso a um produto sustentável. E o maior beneficiado por esse projeto é o nosso planeta. É um projeto audacioso que visa quebrar paradigmas no mundo dos móveis e que chama toda a comunidade a olhar de uma maneira diferente para a área de produção. E está claro que o consumidor não vai mais pagar caro por um produto sustentável. Estamos apresentando a democratização da sustentabilidade no nosso país”.
Para a produção da primeira linha de móveis sustentáveis da companhia, as mudanças começaram na própria moveleira, que realizou uma reestruturação na produção, com redução de 50% do maquinário e a criação de um comitê interno de sustentabilidade com seus funcionários. “Criamos a cultura de sustentabilidade dentro da nossa empresa. Foram praticamente dois anos trabalhando internamente para que nós pudéssemos elaborar esse produto. Esse foi o primeiro grande desafio”, conta Rodrigo.
A linha sustentável é composta por mesa e banqueta e representa uma verdadeira revolução, com menos impacto e mais cuidado com o meio ambiente e com as pessoas. “Este é um projeto pioneiro, que nasceu com todos os elos da cadeia de valor priorizando aspectos de ESG. É uma linha que minimiza o impacto ambiental por meio da madeira certificada, proveniente de uma floresta plantada para este fim”, explica Ricardo Assumpção, cofundador da Grape ESG.
Elos da cadeia de valor
Para desenvolver a linha de móveis em busca dos menores impactos socioambientais, buscamos parceiros que também abraçaram a causa. Uma delas é a Duratex, considerada a maior produtora de painéis de madeira industrializada do Hemisfério Sul, que irá fornecer os painéis para a produção do mobiliário. Os painéis Duratex são produzidos com madeira certificada, provenientes de reflorestamento. Para mais informações sobre a origem da madeira, os clientes poderão acessar um QR Code impresso nos móveis que será direcionado para um site.
A embalagem, feita em 100% de papelão ondulado, foi desenvolvida a partir de fontes renováveis e com exclusividade para o projeto pela Klabin, maior produtora e exportadora de papéis para embalagens e de soluções sustentáveis em embalagens de papel do Brasil. A fim de diminuir a quantidade de resíduos descartados e incentivar a reutilização do material, as embalagens trarão indicações de recorte e montagem de um cachepô. O manual de montagem dos móveis, feito de papel reciclado com sementes de flores, poderá ser plantado.
O acabamento dos móveis, é fornecido pela Renner Sayerlack, que desenvolve tintas e vernizes de baixa toxicidade, com o propósito de tratar, proteger e embelezar a madeira para que seu ciclo de vida seja o mais longo possível. A empresa de mais de 53 anos, investe para que as etapas do processo de fabricação tenham cada vez menos impacto ao meio ambiente: desde a pesquisa e desenvolvimento de produtos com matérias primas de fontes renováveis, formulações isentas de metais pesados, resinas de baixo teor de ácido acrílico livre e de solvente residual, até o tratamento de toda a água utilizada em sua planta, além da reciclagem ou reaproveitamento de resíduos.
Para Marcelo Cenacchi, diretor geral da Renner Sayerlack, um dos valores da empresa é assegurar a perenidade da companhia servindo a sociedade dentro dos preceitos do desenvolvimento sustentável. “Nos engajamos no projeto da JB Bechara pois acreditamos no potencial da madeira como matéria prima renovável e por direcionar todo o nosso desenvolvimento para produtos mais amigáveis ao meio ambiente e que garantam vida longa a madeira em todos os seus usos. O projeto veio ao encontro do que nós já fazemos. Por sermos uma indústria química temos que estar sempre buscando inovação, tecnologia e produtos mais amigáveis ao meio ambiente e pudemos atender as demandas desse projeto inovador da JB”.
Como frisa Guilherme Setubal, gerente de ESG da Dexco, com este projeto, a JB e seus parceiros vão ser pioneiros de uma grande tendência. “O ponto crucial é a democratização da sustentabilidade para que todos tenham acesso e para que possamos acabar com o dogma de que produto sustentável é elitista e temos que pagar mais por isso. Para chegar nesse ponto, cada um tem que fazer sua parte na cadeia de valor e com isso chegar em um móvel que seja tão competitivo quanto os móveis menos sustentáveis”.
“Vivenciamos o momento de construir uma embalagem com o melhor que as equipes Klabin, JB e Dexco puderam contribuir em termos de design e inovação em torno do compromisso com a sustentabilidade. “É importante que todos saibam que essa cadeia está pronta, o consumidor não vai ter que se preocupar com ela porque já está desenhada e em funcionamento. Isso nos leva a fazer um marco junto com a JB e todos os parceiros envolvidos, desde a beleza do projeto à sua acessibilidade”, ressalta Gabriella Michelucci, diretora de papelão ondulado da Klabin.