IBGE mostra situação do acesso ao saneamento básico nos domicílios brasileiros 

Censo 2022 traz informações referentes à forma de abastecimento de água, destino do lixo, tipo de esgotamento sanitário, existência de banheiro ou sanitário e existência de canalização de água.
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Cerca de 49 milhões de brasileiros ainda não têm acesso a esgotamento sanitário adequado e 4,8 milhões não recebem água encanada, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O “Censo 2022: Características dos domicílios – Resultados do universo” foi divulgado na última sexta-feira , 23 de fevereiro.

O Censo traz informações referentes à forma de abastecimento de água, destino do lixo, tipo de esgotamento sanitário, existência de banheiro ou sanitário e existência de canalização de água, permitindo uma caracterização de elementos importantes dos domicílios e das condições de vida da população.

De acordo com o IBGE, no cenário atual do saneamento, as Regiões Sudeste e Sul se destacam pela eficiência dos sistemas de abastecimento e saneamento básico. Dos 5.570 municípios brasileiros, 739 dispõem de um sistema de abastecimento completo. Já na Região Nordeste do Brasil,  o estado da Paraíba é o que enfrenta mais dificuldades no abastecimento de água. Os municípios de Damião, Algodão de Jandaíra e Riacho de Santo Antônio, são os que mais sofrem com problemas de água canalizada.

Com relação ao esgotamento sanitário, somente os municípios de Águas de São Pedro, Avanhandava e São Caetano do Sul, em São Paulo, Presidente Lucena, no Rio Grande do Sul, e Anhanguera, em Goiás, atendem todas as residências.

Confira alguns destaques da pesquisa:

• Censo Demográfico mostra que 62,5% da população do Brasil morava em domicílios conectados à rede de coleta de esgoto em 2022. Este índice era de 44,4% em 2000 e subiu para 52,8% em 2010.

• Considerando as pessoas que viviam em domicílios com esgotamento por rede coletora ou fossa séptica, os números foram de 59,2% em 2000, 64,5% em 2010 e 75,7% em 2022.

• Entre 2010 e 2022, todas as Unidades da Federação (UFs) registraram aumento da proporção da população residindo em domicílios com coleta de esgoto e da proporção dos habitantes morando em domicílios com esgotamento por rede coletora ou fossa séptica. Mato Grosso do Sul (34,8 pontos percentuais) foi a UF com maior crescimento neste último indicador.

• Em 2022, 3.505 municípios brasileiros apresentavam menos da metade da população morando em domicílios com coleta de esgoto, enquanto em 2.386 municípios menos da metade dos habitantes residia em domicílios com esgotamento por rede coletora ou fossa séptica.

• Em 2022, 97,8% da população tinham, no mínimo, um banheiro de uso exclusivo. Banheiros compartilhados por mais de um domicílio foram informados por 0,5% da população. Já 0,6% da população habitava domicílios sem banheiros, sanitários ou buracos para dejeções.

• Coleta direta ou indireta de lixo atendia 90,9% da população em 2022. Os tipos de descarte mais frequentes foram o “Coletado no domicílio por serviço de limpeza” (82,5%) e o “Depositado em caçamba de serviço de limpeza” (8,4%).

• São Paulo (99,0%) teve o maior percentual de população atendida por coleta de lixo, enquanto Maranhão (69,8%) registrou a menor. O Maranhão foi a UF que mais expandiu a cobertura da coleta de lixo (16,3 pontos percentuais), entre 2010 e 2022.

• Restrições de acesso a saneamento básico, em 2022, eram maiores entre jovens, pretos, pardos e indígenas. A população de cor ou raça amarela foi a que apresentou maior índice de acesso à infraestrutura de saneamento, seguida pela de cor ou raça branca.

Fontes: Agência de Notícias IBGE