Determinada por uma resolução da Assembleia da Organização das Nações Unidas (ONU) em 2022, a negociação de um tratado internacional sobre poluição plástica foi marcada por divergências persistentes. A reunião aconteceu em Busan, na Coreia do Sul, no dia 2 de dezembro, e abordou, por meio de um instrumento internacional juridicamente vinculado, o ciclo de vida do plástico, desde sua produção, design e descarte.
Iniciada em 25 de novembro, a negociação encerrou em um impasse entre os países presentes, que não conseguiram chegar em um acordo, mas firmaram o compromisso de se reunir novamente em 2025. Segundo a diretora executiva do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Inger Anderson, o acordo é essencial para proteger a saúde humana e o meio ambiente.
Diante do cenário ambiental atual, no qual a quantidade de plástico despejada nos oceanos, rios e lagos pelo planeta equivale a cerca de 2 mil caminhões de lixo, a poluição pelo material representa graves riscos à vida selvagem e à saúde humana, as discussões foram intensas. Apesar da dificuldade em chegar a um resultado satisfatório, os negociadores concordaram que será preciso mais tempo para concluir o acordo.
Como resultado, um texto base para as próximas negociações, apresentado pelo presidente do Comitê de Negociação Intergovernamental (INC), embaixador Luis Vayas, do Equador, foi acordado. Para Inger Anderson, houve progresso, mas os desafios para ultrapassar as divergências permanecem.
Mais de 3,3 mil participantes marcaram presença na reunião, incluindo representantes de 170 nações e cerca de 440 organizações observadoras. Em 2025, o INC se reunirá novamente em um novo local a ser divulgado.
Fonte: ONU News
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